quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Avós #2

A minha querida Papaxim, antecipou-se ao que eu já há muito tempo estava para falar! Dos meus avós!
Felizmente ainda tenho os 4 bem vivos, e a eles lhes devo muita coisa!
Há poucos dias, em casa, sentados á mesa, eu, mais os meus pais, avós, e alguns tios presentes falávamos da morte! E, surpreendentemente ao que eu poderia esperar os meus avós paternos falaram daquilo com a maior das naturalidades!
A minha avó, com a sua pronuncia disse logo: " Meus filhos ficam já a saber, que eu quando morrer quero ir para minha terra, sou de lá, e é lá que eu quero ficar".
Confesso que no inicio da conversa não estava muito contente por ter tomado aquele rumo, pois, e ao contrário dos meus avós, tenho muito medo da morte, e em especial temo muito o dia em que um deles partirá... mas ao vê-los a falar com tanta naturalidade, fez-me pensar de outra maneira, fez-me ver que apenas queriam que nós ficássemos a saber que quando esse dia chegar apenas querem que o seu desejo seja concretizado, e assim será, porque sei, que isso os fará muito felizes, mesmo já estando eles longe de nós!
Com vocês, aprendi muito, muitas historias, muitas vivências de vida inesqueciveis, marcantes, muito amor, que sempre nos deram e nos dão, a todos os netos (e somos muitos) e têm sempre tudo para dar! A todos os filhos, genros e noras. Vocês deram sempre todo o vosso apoio, mesmo quando tudo poderia ter originado uma grande discussão, la estiveram os dois para dizerem tão simplesmente: " não ligueis meus filhos!"
Aos meus avós maternos deixo aqui uma passagem que foi a que mais me marcou! Um dia estava eu a dormir, quando um sonho horrível invadiu a minha mente. Sonhava que os meu avô "T" estava a morrer nos meus braços e eu chorava imenso! Acordei a chorar, e a chorar fui ao quarto dos meus pais ainda em pânico. Só aí a minha mãe me conseguiu acalmar e dizer-me que tudo não tinha passado de um pesadelo. Quando contei ao meu avô, este pegou-me na mão e respondeu-me: " Minha querida, eu já vivi tudo o que tinha para viver, já não tenho medo da morte, mas quando ela chegar, não quero que tu chores, quero que te rias dos bons momentos que passamos juntos"
Muito obrigada a todos vocês por me terem tornado numa neta tão amada! Obrigada avó "L" e "J" e avô "L" e "T".

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Avós

Muito podia dizer a respeito deles... mas hoje apenas digo que são muitas vezes a minha terapia! Não me imagino sem os três que me restam! Fazem-me rir, fazem-me crescer, ajudam-me no dia-a-dia, gostam de mim pelo que sou e orgulham-se não só de mim mas de todos os netos que têm... e nós somos uns netos babados!

Hoje... quero expressar o amor que sinto por eles!

Avó A., Avó "L." e Avô L. obrigada por me fazerem tão bem... Avô M. estás lá longe mas sei que também olhas por mim!

Obrigada aos quatro!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

"O que foi não volta a ser..."

Hoje li algures que o que foi não volta a ser… e eu concordei! Mas há coisas de que tenho saudades e gostava que voltassem a ser...

Irrita-me prender-me tanto a coisas que nunca podem voltar a ser… mas sei que as que foram, serão sempre minhas! Vivi-as e ninguém me tira isso… às vezes a ideia de arrependimento passa-me pela cabeça, mas a verdade é que os momentos foram bons e noutro momento de loucura talvez voltasse a repetir! É certo que não se justifica quase um ano de sofrimento e à espera de nada!

Só queria um sinal… nem que fosse algo como: “sei que existes… mas não te posso falar!”.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Chegadas e Partidas


Além de muitas outras coisas, considero que partilho com a Hanabé um grande objectivo: o de ter a família sempre unida.
Este ano, pela primeira vez, a nossa, deu sinais de ruptura. É claro que a tristeza se apoderou imediatamente de quase todos e temos convivido com isto desde meados de Agosto. Pensamentos divergentes e histórias mal contandas... talvez sejam as justificações mais válias.

No meio disto tudo, os que ficam vão aprendendo a lidar com as várias adversidades de uma família grande, no entanto, os que partem e para longe, sofrem bastante e perguntam o porquê da família estar a entrar em caminhos que não se encontram nos seus princípios!
Esta semana a nossa família teve uma "chegada" e o meu pensamento foi que facilmente se podia reunir a família nos três dias que cá ficaram. Contudo, eu não considerei que isso fosse possível., porque não estive com todos Posso garantir que partilho da mesma felicidade falada anteriormente com a presença tão calorosa daquelas três pessoas mas também posso garantir que a maior felicidade delas é que todos estivessemos de braços abertos para recebê-las... Além de longe, precisam de todo o carinho do mundo e cá, no seio da família, sentem-se verdadeiramente importantes e amadas...
Saber que estão melhor cá que no país que as acolheu e ver a vontade que têm em ficar, alegra-me, só que há o outro lado da moeda e a partida não deixava de ter hora marcada. E essa hora é sempre de grande tristeza., não só por ficarmos sem elas mas por sabermos que lá não estão sempre bem... Tentamos dizer um "até amanhã" com um sorriso, mas este não é de felicidade. A saudade aperta logo e vai-se apoderando de nós um vazio...
E assim estou eu, num misto de felicidade pela chegada e de grande tristeza pela partida... Com isto, pergunto-me constantemente quando eu, Papaxim, me mentalizarei de que é sempre assim neste caso e em muitos outros... há sempre uma chegada e uma partida!

P.S.: Novamente, estou com falta de inspiração mas hoje apetecia-me escrever (mesmo sabendo que não sairia nada de jeito)!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Saudades

E á assim...
A Felicidade é muito boa e também deixa saudades!!!
Sim, deixas muitas saudades aqui...
A tua felicidade estampada no rosto de estar junto de quem mais gostas é mais do que notória, custa a partida, custa a despedida, mas também já é um hábito, porque sabemos que daqui a uns meses nos voltamos a ver, e voltamos a sorrir!!!
Ficam os bons momentos para recordar, e as conversas!!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009


Felicidade, é passar o dia com pessoas que poucas vezes estamos e que nos são tão queridas...
Felicidade, é no meio de uma grande tempestade deitarmos tudo para trás, com um grande ponto final e dizer, não vale apenas valorizar...
Felicidade ,é poder andar na rua e ver um bebé a olhar para nós com a carinha triste e nós olharmos para ele e ele manda um grande sorriso...
Felicidade é passar o dia todo de um lado para o outro com duas meninas fantásticas de um improviso total que nos deixa por vezes envergonhadas...
Felicidade é estar até as 2 da manha a falar, e no dia seguinte levantar cedo porque há trabalho a fazer...
Felicidade foi poder estar contigo e ver-te feliz!!!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Preciso de gritar


Hoje, as palavras custam especialmente a sair... mas preciso de gritar! Sou uma pessoa bastante alegre, que vive a vida quase sempre da melhor forma que pode! Sou forte em muitas situações... aliás, considero que sou bastante resistente aos diversos episódios e desfechos que me vão acontecendo! Mas, neste momento, sinto-me com pouca força, de rastos...
Ser professor não é só ter coisas boas (como as que falei ontem). Ser professor também é lidar com os pais dos alunos e com as diversas coisas de que nos podem acusar! E por atirar o meu estojo (que não acertou em ninguém prepositadamente) em direcção a um aluno, há quase um mês atrás, por estar a falar e completamente distraído, um encarregado de educação achou que eu era inconsciente e atirava lápis e canetas sem mais nem menos. Escusado será dizer que a situação ocorreu com outro aluno que não o seu respectivo educando... Como podem imaginar não fiquei nada feliz e tentei explicar tudo à senhora, que não ficou muito convencida e me suplicou para não tocar neste assunto com a respectiva filha pois a menina iria ficar traumatizada e não disse por mal. E disse-me isto com a maior das naturalidades, salientando que a conversa não sairia dali mas esqueceu-se que levou a filha a uma reunião da associação de pais para a menina ter oportunidade de contar em primeira mão o episódio... Mas não o fez por mal!

Enfim, agora que parei para pensar, recordo que durante doze dos meus dezasseis anos de estudante, vi todos os dias e quase todas as horas, recursos voarem em direcção às cabeças dos alunos e nunca nenhum pai se queixou... muito menos os que não tinham nada a ver com o assunto!
Sou nova mas não sou burra e tratei logo do assunto com a Presidente da Associação de Pais, podem acusar-me de muita coisa, agora fazer de mim parva não admito!


P.S. -Perdoem-me o post completamente sem interesse e com as ideias dispersas, mas precisava de gritar!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Simples palavras...

No meio de tanta coisa que ouço dos meus alunos, há algumas que ficam registadas... as últimas foram:

"- Obrigada por me ajudares em tudo!";
"- Oh professora, estás tão bonita!";
"- Professora, você sabe uma coisa? É a melhor que tive até hoje!".

E assim me fico por um sorriso! =)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Desespero é pouco


Desesperada é talvez o termo mais banal e bem educado que me vem à cabeça, neste preciso momento!
Sim, desesperada de não poder confiar em quase ninguém...
Desesperada de tantas mentiras que me contaram durante mais de 3 anos de uma relação de amizade....
Desesperada destas pessoas tão hipócritas, capazes de virar o jogo de qualquer maneira...

Porém... o que faz de uns hipócritas e falsos, faz de outros denunciadores sem eles mesmo quererem... e de um dia para o outro toda uma mascara cai, e tudo fica a descoberto...todas as mentiras, todos os enganos...

Juro que não entendo, não consigo entender como existe tanta gente capaz de manipular e de inventar tanta coisa durante tanto tempo e nunca ser descoberto... E quando de um momento para o outro a mascara cai, e nós, vitimas, começamos a mostrar que algo não está bem, colocam novamente a mascara e com ar de mansinho, param tudo o que estão a fazer e dizem:
- " Bom dia =)"

E eu pergunto a mim mesma:

- "Mas qual Bom dia qual carapuça, quero é que tu desapareças e que essa mascara num instante te caia e que eu me possa rir bem alto e à tua frente de tanto mal que provocaste...de tanta dor provocada"

Mas depois, chego a casa e penso:
- " Para quê rir?! Para quê?! A pessoa já vai ter a sua paga com a ignorância que os outros lhe vão dar..."

Mas é tão grande o desgosto, a raiva, o desespero de querer gritar bem alto:

- "És um nojo"

Dói muito..., mas o tempo vai.me ajudar a passar... porque apesar de a mágoa permanecer dentro de nós, faz-nos crescer e não voltar a cometer o mesmo erro... Mas enquanto não passa, vou desabafando para aqui!

Talvez mais alguém esteja a passar por esta situação e se identifique, ou se já passou que relembre, e que isso o/a torne ainda mais forte!