sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Paragens na Rua...



Ontem, ia eu a caminho de casa da minha avó [uma grande mulher] e uma senhora de idade que já não me via há muitos anos, abordou-me na rua e perguntou-me se eu era a Papaxim. Respondi afirmativamente e daí desenrolou-se uma longa e demorada conversa!
Percebi que a sua necessidade de falar era muita e como para mim é sempre um prazer conversar com pessoas mais velhas, tentei aproveitar ao máximo aquela conversa...
A certa altura, começa a dizer que adora os jovens, em especial, a sua alegria, boa disposição e o facto de terem sempre tema de conversa. Eu compreendi o que ela quis dizer, mas fiquei mais admirada quando me disse que aprendia muito connosco. Isto porque, sabíamos escolher qual o tipo de filme que queríamos na nossa vida... Para ela, a vida é mesmo assim: um filme! Este pode ser romântico, cómico, de terror, um drama, uma mistura de dois diferentes... E acrescentou que os jovens, geralmente escolhem um filme cómico e, em contrapartida, os idosos preferem os dramas. Mas que há dois tipos de dramas, aqueles que dizem sempre a mesma coisa e têm a mesma história e os outros em que há um salto na história por mais trágica que seja. No fundo, o que ela me queria transmitir era que as pessoas mais velhas faziam muitos dramas e que raras tentavam mudar, caindo cada vez mais e chegando mais fundo com tanto negativismo... Já os jovens, davam sempre a volta!
A conversa continuou e eu ouvi-a com toda a atenção. No entanto, surgiu-me uma grande questão:
Será que nós jovens por vezes não levamos os dramas da nossa vida demasiado a sério, ficando a pensar em coisas que já não valem a pena e durante largos períodos de tempo, caindo no fundo?

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